TÍTULO: MAGNÉSIO: BENEFÍCIOS E DANOS CAUSADOS NO ORGANISMO
AUTORES: Rodrigues da Silva Sfredo, J. ((IFMT – CAMPUS CONFRESA))
RESUMO: Este trabalho mostra à importância que o magnésio tem no organismo humano, tomando como ênfase sua importância e danos causados no organismo por sua ausência ou excesso. Estudos recentes afirmam que a carência de magnésio no corpo humano pode agravar inúmeras doenças, devido sua atuação junto a outras substâncias necessárias para o funcionamento do mesmo, já o excesso deste, pode agravar doenças, tornando o quadro clinico mais grave. Este mineral tem como principal função, a regulação de diversas reações, e atua como cofator enzimático de muitas vias metabólicas necessárias.
PALAVRAS CHAVES: Magnésio; Organismo; Doenças
INTRODUÇÃO: O magnésio é um metal de símbolo Mg, de cor branco-prateado, bastante resistente, duro e leve (INFOESCOLA), e se caracteriza como o oitavo elemento mais abundante na crosta terrestre, cerca de 2,5% em peso (MAGNÉSIO). Foi descoberto pela primeira vez em 1755 pelo físico e químico escocês Joseph Black. Este mineral pode ser encontrado na natureza em sua forma natural, na superfície terrestre na forma mineral, no mar dissolvido na água e no corpo humano, estando presente principalmente nos ossos (BRASIL ESCOLA). Além dessas propriedades o magnésio é essencial no organismo por participar de mais de 300 reações químicas, atuando como estimulador da memória, do desempenho, do aprendizado, do humor e de atividades físicas e desempenha um papel vital na associação reversível das partículas intracelulares e na ligação de macromoléculas às organelas subcelulares, onde a ligação do RNAm aos ribossomos dependerá do magnésio, auxiliando também na integridade funcional das subunidades ribossômicas. Este elemento atua ainda na regulação de diversas reações, como no cofator enzimático de vias metabólicas necessárias. Diante do exposto o presente estudo visa mostrar a importância que o magnésio possui no corpo humano, bem como o excesso e a não ingestão do mesmo.
MATERIAL E MÉTODOS: Este estudo fez parte da disciplina de Química Inorgânica I e caracteriza-se como uma revisão de literatura, onde se teve como referencial teórico a consulta de artigos científicos e periódicos da internet, em que o magnésio fosse o tema principal, levando em consideração os benefícios, o excesso e a não ingestão do mesmo no organismo humano. Esta pesquisa foi feita no banco de dados do SciELO – Scientific Electronic Library Online e Google Acadêmico e realizada entre o mês de Março e Abril de 2013. Em seguida, buscou-se compreender os parâmetros encontrados, sobre o uso do mineral no organismo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Este mineral atua principalmente na síntese de energia mitocondrial, auxiliando no metabolismo celular, e ainda nas reações enzimáticas relacionadas ao sistema da adenilatociclase para produção de ATP. A falta de magnésio no organismo humano pode provocar falta de apetite, náusea, vômito, sonolência, fraqueza, espasmos musculares e tremores (TUA SAÚDE). O baixo nível de magnésio gera uma diminuição na produção de ATP, prejudicando a bomba de sódio/potássio, causando a despolarização celular com influxo de íons sódio e cálcio para o meio intracelular e edema citotóxico, já o excesso, pode agravar doenças, tornando o quadro clinico mais grave. O aumento de magnésio é viável em casos como: diarreias, mau funcionamento dos rins ou alcoolismo, devido a perdas relevantes relacionadas com a urina ou fezes. O magnésio na saúde humana participa da formação de dentes e ossos, auxilia na transmissão de impulsos nervosos, e no relaxamento muscular, e também na produção de energia das células, com participação na síntese dos ácidos graxos e proteínas, entre outras funções no corpo humano, como na sinalização e comunicação entre as células. Este metal também é extremamente importante na fixação de cálcio nos ossos, na ausência de magnésio, vitamina D e luz esta fixação não pode ser feita, portanto sua carência pode acarretar também problemas como osteoporose. O stress, a idade, as drogas, bebidas alcoólicas, fumo e a deficiência na alimentação, podem aumentar ainda mais a carência desse mineral resultando em graves problemas de saúde4. A quantidade diária de magnésio a ser ingerida é de 350 mg para homens e 280 mg para mulheres. O leite humano contém de 30 a 40 mg/l de magnésio que é suficiente para alimentar um recém-nascido.
CONCLUSÕES: Com base nos estudos realizados, conclui-se que a ingestão de magnésio tem que ser equilibrada, pois a não ingestão pode agravar doenças, e o excesso pode provocar distúrbios no organismo humano. Este mineral se torna tão importante no nosso corpo que circula apenas 1% da sua totalidade no sangue, ficando o restante guardado dentro das células. Estimativas mostram que 80% da população mundial tem a carência de magnésio. Outro fator preocupante são os alimentos produzidos com baixo teor de magnésio e distribuídos à população, diante de tal situação, é preciso uma suplementação adequada.
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Fonte: https://www.abq.org.br/cbq/2013/trabalhos/6/2542-13125.html